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Cuidados e oportunidades para Confeitarias em meio à Covid-19

06Abr

Cuidados e oportunidades para Confeitarias em meio à Covid-19

O ramo de confeitaria, como todo o setor de alimentação, poderá ser impactado pelos cuidados e receios relacionados ao novo Coronavírus. Empreendedores que têm estabelecimento físico ou fazem venda de forma ambulante poderão sentir os efeitos de maneira mais expressiva, mas aqueles que atuam por encomenda também poderão perceber dificuldades e necessidades de adaptação.   

As dicas a seguir visam garantir a segurança e qualidade do produto, bem como contribuir para que seu negócio se sustente nesse período, que já pode ser considerado de crise.

 

Cuidados financeiros 
O momento pede que empreendedores revejam seus gastos e cuidem do controle do fluxo de caixa. Repense expectativas de vendas, evitando compras desnecessárias, inclusive para o período da Páscoa. Se trabalha com encomenda, peça mais prazo de produção para seu cliente, se necessário. Se tem contas em aberto com fornecedores, renegocie prazos de pagamentos. Reduza sua oferta (mix) de produtos, trabalhando apenas com aqueles que garantem boa margem de lucro, priorizando liquidar o estoque acumulado e não fazer compras arriscadas. A hora é de apertar os cintos, pois já existem sinais de dificuldades de venda. Nesse sentido, é relevante também que os empreendedores fiquem atentos às linhas de financiamento que estão sendo negociadas e, em alguns casos, disponibilizadas para empresas impactadas pela pandemia.

 

Cuidados com a produção 
Todo estabelecimento de alimentação deve cumprir as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e manipulação de alimentos. No cenário atual, as BPFs devem ser revistas e implementadas por completo, caso haja falhas de operação, conforme estabelece a RDC ANVISA nº 216/04. A RDC deve ser lida e compreendida, destacando-se que os responsáveis pela manipulação devem ter conhecimentos sobre contaminantes alimentares, doenças transmitidas por alimentos, manipulação higiênica dos alimentos e boas práticas. Um exemplo de cuidados é a redução de microrganismos presentes na pele em níveis seguros, durante a lavagem das mãos com sabonete antisséptico ou por uso de agente antisséptico (como o álcool 70%) após a lavagem e secagem das mãos. Luvas e máscaras também podem ser aliadas, mas devem ser substituídas com frequência.

 

Cuidados com a saúde 
Esteja atento à sua saúde e das pessoas ao seu redor, seja sua família, fornecedores ou clientes. Respeite as distâncias e oriente a todos sobre as cautelas necessárias. Muitas confeitarias são formadas por empreendedores que trabalham sozinhos, ou que contam com poucos auxiliares. É fundamental que você ou seu colaborador se afaste totalmente da produção caso haja suspeita da doença ou de contato com doentes, ainda que a princípio pareça um leve resfriado. Monitore a temperatura corporal e esteja atento a tosses e falta de ar.

 

Cuidados com o cliente 
Caso seu estabelecimento seja físico, muita atenção às recomendações de órgãos públicos sobre as regras de funcionamento nessa fase. Isso pode incluir desde a diminuição de número de mesas para redução forçada do número de clientes por vez e maior espaçamento entre eles, até o fechamento do atendimento presencial. Se trabalha com venda ambulante, o cuidado deve ser ampliado, bem como a atenção para as regras e autorizações de funcionamento. Deve ser interrompida venda de alimentos que tenham contato direto com um ambiente mais aberto, e pode ser relevante repensar o modelo de negócio nesse momento. Uma dica é trabalhar mais sob encomenda, evitando contato direto com muitos clientes, sempre higienizando as mãos, os equipamentos e utensílios. Comunique ao cliente (o que muitas vezes acontece por aplicativos de comunicação e redes sociais) que seu negócio está adotando todas as medidas cabíveis que prezam pela segurança e qualidade do seu produto, de maneira correta e transparente. Atente-se para que todos os seus fornecedores e prestadores de serviço (como entregadores) também tenham todo o cuidado necessário com o novo Coronavírus.

Fonte: Sebrae

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