24Jun
Quais as mudanças de consumo irão perdurar após a Covid-19
No mundo conectado em que vivemos, novos dados surgem a todo momento. Quem os utiliza para definir estratégias empresariais já sabia disso, mas é indiscutível que o novo coronavírus ampliou essa percepção. É a primeira vez nem mais de um século que vivemos uma crise dessa proporção, com a qual aprendemos a lidar dia após dia, minuto a minuto, de acordo com cada descoberta da ciência – e as novidades são, no mínimo, diárias. Da mesma forma, ininterruptamente, surgem os seus impactos, redesenhando conceitos e comportamentos. São novos rumos que se apresentam ao mercado e prometem ficar.
Os hábitos de consumo e de vida são recriados diante de nossos olhos, enquanto o consumidor se redescobre (uma vez que está mais isolado do que nunca), começa a sentir as possibilidades do ambiente on-line (que se tornou uma janela para o mundo) e aprende, sem distinção de faixa etária, a usar recursos que antes eram opcionais, como o delivery.
O impacto da COVID-19 nas empresas é gigante: inclui a transformação do trabalho in company para o regime de home office, desafiando gestores a confiarem mais do que nunca em seus colaboradores; testa a relação entre família e trabalho; impulsiona a aceleração da transformação digital.
Os efeitos da pandemia passam também pelo crescimento de hábitos digitais (tanto no atendimento quando na jornada de compra), gerando questionamentos éticos e sociais a empresas como Uber, que até ontem era conhecida como referência em inovação e, agora, é desafiada a apoiar o motorista – afinal, seu trabalho se tornou essencial e respeitado da noite para o dia.
Ao mesmo tempo, o novo coronavírus colocou na linha de frente grandes companhias de varejo e atendimento ao cliente, que se tornaram a salvação do cidadão em isolamento social. Os supermercados, por exemplo, precisaram olhar para as alterações de demandas (e adaptar o estoque) enquanto adotavam novas regras de proteção para colaboradores e consumidores. Essas necessidades inéditas tiveram que ser colocadas em primeiro lugar — à frente, inclusive, do aumento das vendas ou do ticket médio. De repente, o consumidor é um parceiro de batalha, não mais um agente de consumo.
Fonte: Consumidor Moderno
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