14Jul
Retomada traz desafios, novas medidas e investimento em inovação
A pandemia do novo coronavírus e as medidas de isolamento social tomadas como forma de conter a propagação da doença impactaram diretamente a economia e negócios dos mais diferentes segmentos. O setor de bares e restaurantes foi um dos mais afetados nesse cenário.
Até o fechamento desta edição, embora algumas cidades tivessem adotado ações de flexibilização do distanciamento, outras ainda mantinham praticamente tudo fechado, exceto os serviços essenciais.
Mas como os restaurantes estão nesse cenário? E mais: como estão reagindo no processo de retomada onde já é permitido ou pretendem agir nos locais onde ainda permanecem sem funcionar? Como estão se preparando para o que vem sendo chamado de “nova normalidade”?
O diretor executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Alberto Lyra, destaca que ainda há muita incerteza, uma vez que a retomada tem sido diferente de acordo com cada região do Brasil, cabendo as decisões aos governos locais.
“O que é certo é que cerca de 20% das empresas do setor não deverão reabrir as portas, segundo pesquisa que ANR fez com associados em abril. Muitas estão tendo que reduzir o tamanho de suas operações”, diz.
“O delivery representa apenas 5% do setor no país e ajuda muito pouco. O setor está descapitalizado, sem capital de giro e renegociando suas dívidas. A grande equação na volta será gerar receita suficiente para pagar o prejuízo da crise”, destaca.
Em relação aos principais desafios dos restaurantes no período de retorno, Alberto Lyra frisa o de retomar as atividades nos níveis anteriores à crise. “Isso não irá ocorrer da noite para o dia, como temos percebido nas experiências de reabertura no exterior. Haverá, por certo, limitações impostas por novos protocolos de segurança, como distanciamento mínimo entre mesas, regras rígidas para filas, novos padrões para fluxo de pessoas no interior dos estabelecimentos etc”, pontua.
Neste momento, afirma ele, todos estão revendo suas operações, “cortando na carne para enxugar ao máximo os custos, devolvendo imóveis em que não foi possível renegociar condições e, infelizmente, tendo que despedir colaboradores que tiveram treinamento específico, possuem experiência e têm famílias para manter. As altas taxas cobradas por cartões, vales e plataformas de pedidos dificultam ainda mais essa travessia e ameaçam de fato a sobrevivência dos negócios. É um período muito difícil”, afirma.
Futuro – Alberto Lyra também acredita que a pandemia irá criar novos parâmetros de higiene tanto para a população quanto para as próprias empresas. Isso, salienta, é algo positivo.
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