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Horário da janta não influencia na obesidade infantil

18Out

Horário da janta não influencia na obesidade infantil

A obesidade infantil é um problema de saúde pública que deve ser levado a sério. Algumas pesquisas propõe que a hora das refeições noturnas poderia interferir no relógio biológico e, consequentemente, nos processos metabólicos, o que aumentaria o risco de excesso de peso e obesidade, mas o estudo era limitado. Segundo um novo estudo do King’s College London, em Londres, na Inglaterra, em um artigo publicado no Jornal of Nutrition, não há relação entre o ganho de peso, por exemplo, o horário da alimentação noturna. Foram examinados os hábitos alimentares de 1620 crianças – sendo 768 com idades entre quatro e dez anos e 852 com idades entre 11 e 18 anos –, com base nos dados do UK’s National Diet and Nutrition Survey Rolling Programme, coletados entre 2008 e 2012 – que reuniam o diário alimentar da criança, bem como peso e altura (utilizados para o cálculo do Índice de Massa Corporal), ao longo de quatro dias da semana. “A análise estatística dos dados mostrou que não havia risco maior de obesidade ou sobrepeso quando as crianças jantavam entre 20 h e as 22 h, quando comparadas a crianças que comiam entre antes das 20 h. Os pesquisadores esperavam encontrar uma associação entre comer mais tarde e ser mais propensos a ter excesso de peso, mas, na verdade, eles descobriram que este não era o caso”, afirma Moises Chencinski, pediatra e homeopata de São Paulo (SP). “A proporção de proteínas consumidas foi maior entre os meninos de 4-10 anos, que comeram mais tarde. Para as meninas entre 11-18 anos de idade houve uma diferença na ingestão de carboidratos, as que comem mais tarde, o consomem menos em sua ingestão diária. No entanto, essas diferenças não permitem quaisquer conclusões gerais a serem tiradas sobre a qualidade da dieta”, observa o pediatra. As premissas do estudo continham uma margem de erro, que incluía a de ingestão de alimentos não anotados, mas não quanto a fatores determinantes, como não fazer o café da manhã, níveis de atividade física ou tempo de sono. “As novas descobertas sugerem que há evidências suficientes para apoiar a expansão das recomendações dietéticas para incluir conselhos sobre quando, bem como o que, as crianças devem comer. No entanto, a obesidade infantil é um importante problema de saúde pública e o aconselhamento atual é melhorar a qualidade da dieta e aumentar a atividade física para reduzir o risco de se tornar obeso e ajudar a reverter o ganho de peso em excesso”, conclui. Fonte: ABIMAPI

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