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Padarias mineiras faturaram R$ 8,63 bilhões em 2016

10Fev

Padarias mineiras faturaram R$ 8,63 bilhões em 2016

O setor de panificação e confeitaria em Minas Gerais registrou, em 2016, faturamento de R$ 8,63 bilhões, o equivalente a crescimento de cerca de 3%. O segmento, composto por 6,3 mil empresas (9,9% do mercado nacional), sustentou grande parte do negócio com as vendas de produtos de fabricação própria, que totalizaram R$ 5,44 bilhões (63,03%). As padarias comemoraram o índice positivo e também a alta na venda dos produtos de balcão (artesanais), contra uma queda nos produtos de revenda (industrializados). Nesse contexto, os empresários que investiram mais em food service e diferenciação dos produtos próprios tiveram melhores resultados, demonstrando a mudança do perfil de consumo do cliente da padaria. Esses e outros dados do setor foram apresentados no Seminário ​"Balanço, tendências e perspectivas - Panificação, confeitaria e varejo alimentar em Belo Horizonte", ​realizado​ na sede do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão). O evento reuniu empresários e profissionais da indústria da panificação, atentos às transformações do mercado e oportunidades para o ano de 2017. José Batista de Oliveira, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) e presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de Minas Gerais (SIP), apresentou os indicadores financeiros, operacionais e de produtividade na conjuntura nacional. Para o empresário, o crescimento na venda de produtos de fabricação própria reflete uma demanda que só as padarias podem suprir. "É preciso que sejamos muito profissionais na base do nosso negócio, a panificação, sem nos esquecermos, porém, de que concorremos em igualdade com o varejo: supermercados, atacarejos, food trucks, drugstores. No fim das contas, o que fideliza nosso cliente é o pão de qualidade", destacou Batista. Tarcísio José Moreira, presidente da Associação Mineira da Indústria de Panificação (AMIP), trouxe a discussão para a realidade do mercado mineiro, abordando maneiras como padarias e confeitarias podem se tornar mais competitivas. "A chave para manter a rentabilidade do negócio em 2017 é administrar e reduzir as perdas, muito comuns na panificação. É importante voltar a olhar cuidadosamente para cada produto do mix." Sobre as tendências de consumo para este ano, Márcio Rodrigues, presidente do Instituto Tecnológico da Alimentação, Panificação e Confeitaria e coordenador nacional do Programa de Desenvolvimento à Alimentação, Confeitaria e Panificação, destacou que as padarias precisam ser especialistas em seus produtos. "Temos visto o crescimento das casas especializadas, seguindo a tendência de oferecer produtos diferenciados. Se não houver diferenciação, o consumidor vai escolher pelo preço. Nesse sentido, é preciso criar no cliente a percepção de qualidade." Rodrigues enxerga como grande oportunidade o investimento em produtos voltados para a área de saúde e bem-estar e, por outro lado, os produtos que satisfaçam os pequenos prazeres do dia a dia. Dados nacionais No âmbito nacional, o segmento registrou faturamento de R$ 87,24 bilhões, o equivalente a um crescimento de 3,08% na comparação com o ano de 2015, quando o crescimento foi de 2,7%. A venda de produtos de fabricação própria aumentou 11,02%, contra uma queda de 6,95% nos produtos de revenda. Acompanhando a desaceleração da economia, observou-se a perda de 4,06% no fluxo de clientes. No entanto, o tíquete-médio obteve alta de 7,5%. A pesquisa, feita pelo Instituto Tecnológico da Alimentação, Panificação e Confeitaria (ITPC), em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), analisou cerca de 400 empresas de todo o país, abrangendo todos os portes, desde as padarias de pequeno porte até as grandes redes. Fonte: Segs

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