06Nov
Macarrão, arroz e pão não são vilões da alimentação
O brasileiro ama carboidratos, pelo menos é o que diz uma pesquisa chamada Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil. Feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em parceria com o Ministério da Saúde, o estudo mostrou que o arroz (combinado com o feijão), assim como o macarrão e massas em geral e o pão estão presentes na maioria dos lares em todo o Brasil.
O macronutriente presente em abundância nesses alimentos é responsável por fornecer ao organismo a maior parte das calorias consumidas no dia, sendo a sua ingestão diária recomendada de 50% a 60% do valor energético total. O alerta fica, claro, para o seu consumo de forma excessiva. Isso porque o carboidrato simples aumenta o índice glicêmico, que é a velocidade como o açúcar é absorvido no organismo. A longo prazo, a ingestão constante —e exagerada — desse nutriente pode contribuir com a resistência à insulina e o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Um estudo de 2018 e publicado no periódico The Lancet, que incluiu mais de 15 mil pessoas nos Estados Unidos e 432 mil pessoas ao redor do mundo, defende o velho ditado de moderação em todas as coisas. Os pesquisadores descobriram que, em média, as pessoas cujas dietas incluíam quantidades moderadas de carboidratos (50% a 55% das calorias) viveram cerca de quatro anos a mais do que as pessoas que faziam dietas com baixo teor de carboidratos (menos de 40% das calorias dos carboidratos) e um ano a mais do que pessoas com alto consumo de carboidratos (mais de 70% das calorias).
Outra grande revisão comandada pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, analisou mais de 100 estudos sobre o tema e concluiu que não existe uma única medida de carboidratos para todos os humanos. E que o problema está mais na qualidade do que na quantidade do que comemos. Mas, realmente, a preocupação é com o grupo dos refinados, que em excesso tem relação com a obesidade e, como já dito, com o diabetes tipo 2. A palavra-chave é equilíbrio.
Entretanto, não é só o carboidrato que macarrão, arroz e pão têm em comum. No quesito nutrição, eles também têm valores muito parecidos. O pão leva uma certa vantagem em alguns nutrientes, como proteínas, carboidratos e lipídios (9,8 g, 61,6 g e 2,2 g, respectivamente, para 100 g do produto). Mesmo assim, isso não faz do alimento tão consumido no café da manhã um vencedor numa disputa nutricional. Afinal de contas, a forma como a pessoa ingere esse e os outros alimentos influencia bastante na saudabilidade de cada um deles.
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Fonte: Uol Viva Bem
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